Dakar 2022, Ruben Faria (Honda): “Este Dakar será uma dura luta até ao final”
Hoje foi dia do Shakedown em Jeddah, um primeiro aquecimento com as máquinas, após todas as formalidades necessárias e verificações técnicas.
A Monster Energy Honda está preparada para competir na 44ª
edição do Rally Dakar. O português Ruben Faria, team manager da equipa, fala
sobre os pilotos, da estratégia e do objetivo da marca japonesa conseguir a
terceira vitória consecutiva no rali, admitindo que tem uma concorrência muito
forte.
“A nossa primeira vitória é a equipa ter chegado a Jeddah, termos passado pelo teste PCR e serem todos negativos. Para mim, isto já é um triunfo. Somos praticamente a mesma equipa do ano passado e só mudámos dois ou três membros da equipa. Estamos bem organizados e com um objectivo claro em mente. O Ricky falou sobre o seu objectivo na conferência de imprensa oficial e foi muito claro: ganhar o Dakar. E o que ele disse faz sentido depois de ganhar e terminar em segundo lugar nas duas edições anteriores. No ano passado, o Nacho estava em primeiro lugar, faltavam apenas três dias e deu-se a sua queda. Agora ele está altamente motivado e sente-se confortável neste tipo de terreno. “
“O Joan Barreda é provavelmente o mais rápido de todo o bivouac. No ano passado, ele estava a fazer uma grande corrida mas teve um percalço no penúltimo dia e as suas hipóteses escaparam-lhe. Mesmo assim, é sempre um piloto a ter em conta. Por último, mas não menos importante, o Pablo Quintanilla que é o novo piloto da equipa e venceu o Rali de Marrocos. Penso que temos quatro pilotos que estarão na batalha pela vitória global do rali. Do meu ponto de vista, este Dakar será uma dura luta até ao final, porque as outras equipas também têm pilotos muito fortes.”
“O nosso objectivo é ganhar, porque já vencemos as duas corridas anteriores. Mas o Dakar são treze dias de corridas e muitas coisas podem acontecer. Temos uma grande moto, muito fiável. Para mim, é a melhor moto de todo o Dakar. Também este ano, os técnicos japoneses que não puderam estar aqui no ano passado por causa de questões de Covid puderam juntar-se a nós e temos também um técnico de suspensão da Showa. O Dakar, no entanto, é tão imprevisível e igualado, que só quando se cruzar a meta no dia final é que o vencedor da corrida será conhecido. Temos apenas um segredo: trabalho e trabalho, colocando a equipa à frente da família e dos amigos. Pode correr bem ou mal, mas se não der o seu melhor, não se obtêm resultados.”